sábado, 5 de março de 2011

Uma Bebida Amarga, Por Favor?

Óleo de Rícino


Dei um telefonema pros mortos de uma guerra
E dentro dos corações deles tinha uma calmaria sem fim
E você escondeu minhas palavras dentro de suas entranhas
Não tive o que e como me vestir

E dentro dos porões de seu subconsciente só havia aranhas
Centopéias e mexilhões
E nesses dias de escuridão encontrei veneno
E me coloco em negação a todo instante
Eu vivo disso minha querida
Não precisou você me jogar no magma
Pra eu poder ver meus ossos

E em meus ossos putrefatos
Eu vi, estrelas e verdades
Verdades incongruentes
Como óleo de rícino

Então venda meus órgãos
A humilação foi o bastante
Pra eu continuar a beber
Vinho e óleo de rícino

Olhe dentro do meu ridículo
E tente achar razão (íris), razão (iris rasgadas) em temperança

Você foi mais sedenta que o sol
Você foi mais sedenta que o sol

Então venda meus orgãos
Verdades incongruentes
Como óleo de rícino
Então chore no meu velório
Então peça pra terminar essa dor
Leve tudo com você
Leve tudo com você
Leve tudo com você
Deixe meus sonhos aqui...

(Construíndo uma casa, Uma casa de 3 andares
Pros nossos filhos brincarem
Construíndo uma casa, Uma casa de verdade
Pros nossos filhos brincarem)
Caçando alces no quintal
O sangue escorre por entre seus lindos dedos
Perdendo muito sangue
Perdendo a fala e a esperança
Eu bebo a sua santidade
Como óleo de rícino
Não perco isso por nada nesse mundo
Seu sangue com óleo de rícino

E suas mentiras perpetuam pedindo socorro
O socorro dos anjos aflitos em ópio
O ópio engarrafado
Como óleo de rícino...

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